quarta-feira, 20 de abril de 2011

Encontro Mundial das Artes Cênicas 2011 - Espetáculo: "Antígona"



 Local: Funarte/MG - Rua Januária, 68 - Floresta - Belo Horizonte.

Data:  12 /04/11
          
          Dirigida por Teatro Varasanta, Fernando Montes e pela professora da UNI-RIO e atriz Tatiana Motta Lima, a peça dramática retrata o clássico mito grego de Antígona escrita por Sófocles. Encenada por Teresa Ralli, que representa além de Antígona,os demais personagens da história.
           Filha de Édipo e Jocasta, Irma de Ismênia, Policines e Eteócles, Antígona habitava a cidade de Tebas, governada pelo tirano Creonte, que promulgou um decreto impedindo que os mortos que atentaram contra a lei da cidade fossem enterrados. Não enterrar o corpo significava que o morto não conseguiria a fazer a transição para o outro mundo, e isso era uma grande ofensa para a família.
           Opondo-se ao tirano, Polinice irmão de Antígona, ao ser morto não teve direito a honras fúnebres. Então, Antígona vai atrás de sua Irma, Ismênia e pede ajuda para enterrar o irmão. Apavorada, Ismênia se nega a ajudar, alegando que sozinhas as duas não teriam êxito. Antígona, corajosa e insistente, decide mesmo que sozinha cumprir sua obrigação, prestando homenagens ao seu irmão.
            Por desrespeitar a Lei da Cidade, Antígona é condenada a morte e na prisão preferiu enforcar-se, o que a tornou uma cidadã memorável.



Analise Crítica: 

      Mesmo estando em espanhol, foi possível compreender perfeitamente o gênero literário ao qual a peça pertence. O que deixa claro a universalidade da arte.
      A peça retrata um conflito ente um individuo e o Estado, abrangendo a violação dos direitos humanos básicos.
      A obra nos faz refletir até que ponto o poder político pode impor algo sem que a população se manifeste. Mesmo referindo-se a outra época podemos notar a intertextualidade, pois a figura de Ismênia corresponde a maior parte da população atual, que se mostra, acomodada com a situação política do país.